Desvio de septo nasal
No desvio de septo nasal, geralmente, só é necessário cirurgia quando a função respiratória está comprometida.
O septo é uma estrutura constituída por osso e cartilagem que separa uma narina da outra, como uma espécie de parede. O desvio de septo é uma condição muito comum, caracterizada pelo desalinhamento dessa parede: em vez de a estrutura ser reta, ela apresenta uma tortuosidade. O desvio de septo é um problema que precisa de intervenção quando há manifestações clínicas envolvidas, principalmente dificuldade para respirar.
A deformidade no septo pode estar presente desde o nascimento e começar a se manifestar clinicamente ainda na infância ou na puberdade. Uma das maneiras de identificá-lo é notar se existe dificuldade para respirar, e a sensação de estar sempre com uma narina trancada. Isso pode ocorrer quando o septo nasal desviado obstrui a passagem de ar. Outros problemas associados são sinusite, dor de cabeça, ronco e apneia obstrutiva do sono.
O diagnóstico é feito pelo otorrinolaringologista, que utiliza instrumentos inseridos nas narinas e, assim, consegue visualizar o interior do nariz. Também pode ser solicitado o exame de nasofibroscopia, uma endoscopia nasal, que permite analisar todo o interior da cavidade nasal para verificar a presença de secreções, tumores e pólipos.
Com que idade fazer a cirurgia
Em relação à idade, o ideal é que a cirurgia ocorra após os 16 anos de idade, quando está encerrada a fase de crescimento do septo. Em casos especiais, o procedimento pode ser indicado mais cedo, quando a criança com quatro ou cinco anos de idade (ou até menos) tiver um desvio de septo acentuado que provoque dificuldade para respirar intensa e que esteja, inclusive, entortando o nariz, é primordial que se realize a cirurgia corretiva, pois o desvio pode acabar prejudicando o desenvolvimento da face e do tórax, o que será muito mais complexo de reparar.
A cirurgia é feita com anestesia geral e tem curta duração, sendo um procedimento simples e seguro.
O paciente ficará em repouso durante duas semanas, devido à obstrução que ocorre por conta de edema (inchaço) e do tecido de cicatrização.