Apneia obstrutiva do sono
Apneia obstrutiva do sono é uma parada respiratória provocada pelo colabamento (união) das paredes da faringe. O distúrbio ocorre principalmente enquanto a pessoa está dormindo e roncando. Durante as crises, ela para de roncar por causa do bloqueio da passagem de ar pela faringe.
No adulto, quando ocorre repetidamente, tem como consequência a redução da oxigenação do sangue, o que pode resultar em danos ao organismo. Na criança, bastam 2 ou 3 segundos de parada respiratória para o sangue dar sinais de falta de oxigênio.
A apneia obstrutiva do sono atinge mais os homens obesos de meia-idade. A enfermidade pode causar ou agravar quadros de doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial sistêmica, arritmia, infarto e insuficiência cardíaca congestiva. Muitas vezes, o tratamento da apneia é suficiente para redução e controle da pressão arterial.
Alguns fatores contribuem para o aparecimento do ronco e da apneia:
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Amídalas e adenoides muito grandes
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Obstrução crônica do nariz por causa de tumores, desvio de septo, pólipos nasais e hipertrofia dos cornetos
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Dormir de barriga para cima
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Queixo projetado um pouco para trás, que faz recuar a base da língua
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Álcool, tabaco, medicamentos à base de benzodiazepínicos e refluxo gastroesofágico
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Obesidade
O sinergismo entre esses fatores potencializa a tendência para o estreitamento da faringe e para a apneia.
Sintomas
São sintomas da apneia obstrutiva do sono: ronco, sono agitado, falta de disposição e sonolência durante o dia, dor de cabeça, perturbação da memória, da atenção e da concentração, tendência à depressão, hipertensão, arritmias cardíacas e, especialmente, inúmeros micro-despertares dos quais o portador do distúrbio pode lembrar-se ou não. Se chega a acordar por si mesmo, o faz por duas razões: o esforço que despende para respirar e a hipoxemia, que alerta seu cérebro sobre a falta de oxigênio.
Diagnóstico
Além do relato das pessoas que convivem com os portadores da apneia obstrutiva do sono, a avaliação médica e a polissonografia, exame para mapear o comportamento durante o sono, são dados importantes para fechar o diagnóstico.
Há situações em que cirurgias ou cauterizações se fazem necessárias para corrigir os elementos que geram a obstrução, como os que estão associados às alterações das amígdalas e adenoides.